O Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis, localizado na Pampulha, em Belo Horizonte, é um espaço privilegiado para quem busca nutrir sua espiritualidade. Anualmente, milhares de devotos comparecem, no dia 4 de outubro, à festa do Padroeiro: momento único de demonstração da fé e da devoção. São pessoas de todas as idades, que buscam, sem desanimar, o encontro pessoal com Deus.
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, composto pela Casa do Baile, Museu de Arte da Pampulha, edifício do antigo Cassino, Iate clube, Casa JK e a Capela São Francisco de Assis, foi construído nos primeiros anos da década de 40. Concebida pelo arquiteto Oscar Niemeyer, por encomenda do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitscheck, foi a primeira Igreja modernista da arquitetura brasileira.
Construída de 1943 a 1945, a Igreja teve sua ornamentação concluída em 1957. Foi entregue ao culto religioso em 1959, quando ocorreu sua doação, pela Prefeitura da Capital, à Arquidiocese de Belo Horizonte. Foi tombada em 1947, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em 2016, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que já era extrema importância para a história do país, ganha mais um novo sentido cultural, quando recebe a titulação de Patrimônio da Humanidade. A decisão foi tomada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em Istambul, na Turquia.
Com o recebimento do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, a Igreja precisou passar por obras de intervenção e restauração. No dia 19 de novembro de 2017, foi fechada para obras estruturais, manutenções e reparação e restauração. Os quadros que retratam a via sacra, pintados por Portinari, foram retirados do local e passaram por um restauro minucioso.
No dia 4 outubro de 2019, no dia de São Francisco, a Igreja foi reinaugurada e desde então se mantém aberta atribuindo tanto os valores tradicionais religiosos, quanto os valores resinificados por seu caráter cultural.
Na Festa de São Francisco do ano de 2021, no contexto da celebração do Ano Jubilar Centenário da Arquidiocese de Belo Horizonte, a primeira igreja modernista do País foi elevada a Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis.